sábado, 16 de junho de 2007

Mais que um conceito

Um dos grandes fatores limitadores em nossa relação pessoal com Deus é nossa compreensão de Deus de forma conceitual. Passamos a analisar a Deus de forma fria como se o infinito fosse passível de análise. Quando assim fazemos, até mesmo aquelas "verdades-mistério" que aprendemos a respeito de Deus tornam-se um mero conceito a ser aprendido. E um conceito não é algo relacional. Não se pode amar um conceito, ou se relacionar com ele. Aliás não se pode fazer muita coisa com conceito a não ser, aprendê-lo, reinterpretá-lo, usá-lo e esquecê-lo.
Creio que é isso que muitas vezes fazemos com Deus. Não que Deus se submeta a esses processos humanos, mas em nosso caso, nos enganamos pensando que conhecemos tudo a respeito de Deus, a partir de nossos conhecimentos humanos, quando na verdade essa racionalização nos leva para longe dele.
É por isso que o verbo se fez carne. Não para dar mais argumentos para os teólogos discutirem, nem para acrescentar um pouco mais à história para que pudéssemos estudá-lo (o Jesus histórico). O verbo se fez carne, para que a idéia, o conceito vago que se tinha a respeito de Deus pudesse ser não só aprendido e avaliado, mas amado, tocado e para que pudéssemos ser transformados por ele.

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